A idéia foi aceita logo de cara pela direção de jornalismo da tv cultura, então, começamos a fazer os contatos. Muita gente se envolveu contando trechos da história, mostrando fotos e jornais sobre a “Maria Fumaça” (nome dado ao trem). Tudo era uma boa recordação para os que sabiam da história e muito valioso para nós.
Nosso primeiro dia de locação não poderia ser mais dramático: sob uma chuva torrencial que caia
Logo que saímos do carro fizemos de tudo para proteger os equipamentos, resultado: ficamos iguais a pintos molhados, na verdade encharcados, mas os equipamentos ficaram intocáveis, isso era o que realmente importava, precisávamos contar a história.
Eu, Aldenor (auxiliar) e Jumbinho (cinegrafista) saímos da casa do cidadão um tanto quanto satisfeitos, ele deu informações valiosas para a matéria.
Na mesma rua, bairro do Utinga (se não me engano), morava mais um entrevistado. Neste momento veio o primeiro nó na garganta. O morador daquela pequena casa de madeira com uma enorme vala na frente havia trabalhado na EFB, um status social na primeira metade da década de 90 e hoje vive em uma minúscula casa de dois compartimentos.
No olhar dele, era possível perceber que o homem diante de mim vivia de saudade, de lembranças de um passado que não volta mais. Segurei a onda e o entrevistei. Quando sai de lá, cravei o pé na vala (a chuva ainda não havia passado) e no mesmo instante olhei de volta para a casa e, por alguma razão, pensei que nunca mais estaria ali (este sentimento solitário me tomou em vários momentos da viagem).
Voltamos para a tv com o sorriso no rosto e a certeza de que o projeto havia saído do papel, não tinha mais volta.
3 dias depois pegamos a estrada rumo a locais e histórias desconhecidas, nosso destino era Bragança.
Eram 6:30 da manhã quando saí de casa, ainda estava escuro naquela manhã de março. A equipe veio com o Jumbinho (cinegrafista) e o Aldenor (auxiliar), a produtora, nós encontraríamos no caminho.
Dentro do carro, ainda com muito frio, já começávamos a fazer planos para os próximos 3 dias de convivência e trabalho. Onde iremos dormir? Onde vamos parar para almoçar? Vamos parar para comer? Será que tudo vai sair como o planejado?
Neste momento liguei para a produtora da matéria.
- Bom dia, ta na hora de acordar!
- Acordar? Ainda ta escuro aqui. Caramba, vocês são doentes!
- Mas você pediu para que eu ligasse, tô fazendo como o combinado, to ligando.
- Ta bom, ta bom. Vou dormir mais um pouco.
- Ok. Beijo. Tchau.
Nossa primeira parada foi para o café da manhã na padaria que fica bem embaixo do viaduto do coqueiro,
Na próxima matéria você vai saber:
- Como encontramos os personagens.
- Ninguém almoça, só lancha!
- A primeira discussão da equipe.
- A primeira briga da equipe.
3 comentários:
Caraca André, acordei até meu pai pra vê essa. Bjs. Parabéns
éeeeeeeeeeeeeeeeeeegua,essa tá muito paid`égua,vou mostrar pra meus pais,eles vivem contando história da maria fumaça,ah! tbm peguei os videos ,espero que não se importe,acho que minha mãe vai chorar ao ver esse video,estou vendo pela primeira vez,não consegui ver quando passou pela tv.
Aguardo mais matérias como essa.
sucesso,juízo e profissionalismo.
André,sinceramente eu não sei mais o que faço contigo,se eu te encontrar em algum lugar, seja qual for olugar, é melhor eu me retirar,porque eu não vou responder por mim,eu vou te agarrar e te encher de beijo,ô menino talentoso,agora é sério,parabéns pela matéria viu,se bem que não seria nada mal eu te dar uns beijos,rsrsrsrsrs.
TCHAL,DESCULPA PELO ATREVIMENTO.
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