ASSISTA A SEGUNDA REPORTAGEM DA SÉRIE
Existem trabalhos e momentos em nossa vida que realmente são difíceis de esquecer, para mim a estrada de ferro está nesse patamar, foi um dos momentos mais marcantes de minha vida e carreira profissional (que ainda é pequena).
Toda a viagem foi pautada dentro de um equilíbrio do que não poderíamos e do que poderíamos fazer, mas no dicionário da equipe nunca houve “isso nós não podemos fazer”, sempre era, “isso vai dar certo, vamos conseguir”, em outras palavras, otimismo puro.
Logo que deixamos a padaria do viaduto o sol já começava a nos dizer bom dia com os seus primeiros raios. Nossa primeira parada oficial foi no canteiro central da Br-316 em Ananindeua para registramos a imagem da placa da cidade (cena que se repetiu ao longo de toda a viagem). Neste momento algo deixava a imagem feia: sacos de lixo. O cinegrafista, Jumbinho, começou, então, uma corrida para tirar os sacos de lixos da imagem, a cena era hilária para as 7 da manhã.
Feita a imagem, pé na estrada e na estrada paramos perto da antiga caixa d’água em Marituba, lá era a primeira parada do trem para o abastecimento de água, quem nos contou a história foi uma moradora (aparece no vídeo de hoje).
Foi neste momento que chegou a produtora da série. Depois dos “bons dias” começou o trabalho. Nossa primeira entrevistada da manhã era muito baixinha e precisávamos deixá-la um pouco maior. Conseguimos um pedaço de madeira para ela subir, ainda bem que a senhora topou numa boa e até sorrindo.
Nossas primeiras indicações de personagens começaram a surgir. Uns senhores passavam e diziam:
- Estrada de ferro, o seu Pompeu sabe de tudo, ele trabalhou lá.
Perguntei:
- Onde ele mora?
- Ah, é na rua logo depois da praça.
- Ok. Muito obrigado.
Colocamos a banda na rua e fomos atrás do seu Pompeu. Um senhor extremamente simpático que recebeu a equipe muito bem. Aceitou fazer a entrevista, deixou os amigos do bate papo em frente a casa do visinho e veio conosco até a casa dele.
- Seu Pompeu, posso fazer um pedido pro senhor?
- Faça.
- O senhor poderia vestir uma camisa?
- Camisa? Dá sim. Só um momento.
A esposa dele, igualmente simpática veio com uma camisa que ele começou a vestir.
- Seu Pompeu, não me leve a mal, mas a sua camisa ta com a marca de uma cerveja e não ia ficar legal para a matéria, o senhor pode trocar?
- Posso sim, claro.
Momentos depois ele voltou vestindo uma blusa sem propaganda e dizendo:
- O cara que inventou camisa de manga curta é um corno.
- E o que inventou camisa de manga comprida? (perguntou a produtora)
- É corno duas vezes.
Foi difícil conter o riso nessa hora. Depois da entrevista, o seu Pompeu nos disse que no quintal de uma casa ali perto havia pedaços do trilho da EFB, nós fomos conferir. Confesso que vivi uma das muitas emoções ao ficar diante daquele pedaço de ferro enferrujado... Quantas histórias....
Seguimos viagem e desta vez fomos direto para o município de Benevides onde está o recanto de Moema.
Era ali que ficava uma das estações mais luxuosos da estrada de ferro, era lá também, o sítio de veraneio do antigo prefeito de Belém, Antônio Lemos, hoje pertence a uma imobiliária.
Quando entramos para fazer imagens, fomos bem recebidos pelo caseiro que até nos deu cupuaçu.
O mais interessante é que muitas pessoas que passam pelo recanto de Moema, na Br-316, nem imaginam o que funcionava lá.
Toda a viagem foi pautada dentro de um equilíbrio do que não poderíamos e do que poderíamos fazer, mas no dicionário da equipe nunca houve “isso nós não podemos fazer”, sempre era, “isso vai dar certo, vamos conseguir”, em outras palavras, otimismo puro.
Logo que deixamos a padaria do viaduto o sol já começava a nos dizer bom dia com os seus primeiros raios. Nossa primeira parada oficial foi no canteiro central da Br-316 em Ananindeua para registramos a imagem da placa da cidade (cena que se repetiu ao longo de toda a viagem). Neste momento algo deixava a imagem feia: sacos de lixo. O cinegrafista, Jumbinho, começou, então, uma corrida para tirar os sacos de lixos da imagem, a cena era hilária para as 7 da manhã.
Feita a imagem, pé na estrada e na estrada paramos perto da antiga caixa d’água em Marituba, lá era a primeira parada do trem para o abastecimento de água, quem nos contou a história foi uma moradora (aparece no vídeo de hoje).
Foi neste momento que chegou a produtora da série. Depois dos “bons dias” começou o trabalho. Nossa primeira entrevistada da manhã era muito baixinha e precisávamos deixá-la um pouco maior. Conseguimos um pedaço de madeira para ela subir, ainda bem que a senhora topou numa boa e até sorrindo.
Nossas primeiras indicações de personagens começaram a surgir. Uns senhores passavam e diziam:
- Estrada de ferro, o seu Pompeu sabe de tudo, ele trabalhou lá.
Perguntei:
- Onde ele mora?
- Ah, é na rua logo depois da praça.
- Ok. Muito obrigado.
Colocamos a banda na rua e fomos atrás do seu Pompeu. Um senhor extremamente simpático que recebeu a equipe muito bem. Aceitou fazer a entrevista, deixou os amigos do bate papo em frente a casa do visinho e veio conosco até a casa dele.
- Seu Pompeu, posso fazer um pedido pro senhor?
- Faça.
- O senhor poderia vestir uma camisa?
- Camisa? Dá sim. Só um momento.
A esposa dele, igualmente simpática veio com uma camisa que ele começou a vestir.
- Seu Pompeu, não me leve a mal, mas a sua camisa ta com a marca de uma cerveja e não ia ficar legal para a matéria, o senhor pode trocar?
- Posso sim, claro.
Momentos depois ele voltou vestindo uma blusa sem propaganda e dizendo:
- O cara que inventou camisa de manga curta é um corno.
- E o que inventou camisa de manga comprida? (perguntou a produtora)
- É corno duas vezes.
Foi difícil conter o riso nessa hora. Depois da entrevista, o seu Pompeu nos disse que no quintal de uma casa ali perto havia pedaços do trilho da EFB, nós fomos conferir. Confesso que vivi uma das muitas emoções ao ficar diante daquele pedaço de ferro enferrujado... Quantas histórias....
Seguimos viagem e desta vez fomos direto para o município de Benevides onde está o recanto de Moema.
Era ali que ficava uma das estações mais luxuosos da estrada de ferro, era lá também, o sítio de veraneio do antigo prefeito de Belém, Antônio Lemos, hoje pertence a uma imobiliária.
Quando entramos para fazer imagens, fomos bem recebidos pelo caseiro que até nos deu cupuaçu.
O mais interessante é que muitas pessoas que passam pelo recanto de Moema, na Br-316, nem imaginam o que funcionava lá.
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2 comentários:
Bons tempos de TV Cultura, nao é mano?
Abraços
O material sobre a estrada de ferro está excelentíssimo. Parabéns!! Gostaria de ver os demais vídeos, ainda não disponíveis no blog.
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