Voltando para casa na madrugada deste sábado (03/11/07), eu e mais dois amigos (Márcio e Nilson) nos deparamos com uma cena que tem se tornado comum em Belém.
Um homem vinha sendo agredido por uma turma de 4 ou 5 pessoas. Se, normalmente, imagens como estas já chamam atenção para qualquer pessoa, imagine então para três jornalistas reunidos. Resolvemos investigar o caso.
Demos a volta no quarteirão e começamos a acompanhar de perto toda a movimentação. Estávamos na rua Antônio Baena, bem ao lado da Igreja de Fátima. Tratei de preparar o celular/câmera fotográfica para registrar tudo, mas foi complicado. Alertado pelos amigos do risco que era fazer isso e daquela forma, voltei atrás, mas pelo menos fiz uma imagem. Mesmo assim, continuamos por perto acompanhando a situação, ainda sem entender quem era o bandido ou mocinho da história.
Depois de ser espancado por quase um quilômetro e ter desabado no chão por várias vezes, o homem foi deixado bem enfrente do Colégio São Paulo, ainda na Antônio Baena, sob a guarda dos populares que não cessaram nas agressões.
No calor do momento surge uma mulher gritando:
- O que tu queria fazer lá em casa? Por que tu entrou lá? Seu ladrãozinho safado, mas agora tu vai preso.
Neste momento, caiu a ficha da situação.
E quando existe qualquer confusão na rua, vocês já sabem como fica a rodinha no entorno e tive a comprovação que essa máxima não depende de horário.
Eis que a situação estava controlada quando duas pessoas começam a se estapear em um posto de gasolina bem em frente ao local onde o ladrão aguardava a polícia. A princípio eu pensava que fossem duas mulheres, dada a quantidade de socos no ar, mas quando se separaram vi que eram dois homens, quase lutadores de sumô.
A coisa estava ficando animada quando os dois começaram a brigar em nossa direção. Outro homem, de estatura parecida, tentava separar a briga.
- Vocês são irmãos, não podem brigar assim.
Neste momento, um virou pro outro e disse.
- Quer vê como eu te mato amanhã? Eu vou te matar, espera que eu vou te matar.
Os dois estavam mamados demais. Tudo culpa da “marvada pinga”.
"Hoje o negócio tá bom aqui" Cidadão não identificado |
O mais engraçado de tudo, foi vê os irmãos brigando e descendo a rua no sentido contrário que nós viemos. Quando eles já estavam perto da Igreja, eis que a polícia aparece e pára o carro bem perto deles, como se o chamado fosse daquela briga. Os policiais desceram muito rápido, viram a situação, perceberam que não era aquilo e voltaram para a viatura, tudo muito rápido.
Quando os policiais chegaram na ocorrência da noite, levantaram o elemento, o algemaram e o conduziram para a Seccional de São Brás, onde prestou depoimento na manhã do sábado (03/11/07).
Para fechar a noite, um senhor que estava no local disse:
- Hoje o negócio tá bom aqui.
E nós só estávamos voltando para a casa.
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6 comentários:
Rapaz, olha o faro jornalistico em acao.. kkkkkk
Se bem que, o que a gente podia esperar que acontecesse, na rua onde fica o "estadio" da "coisa", de madrugada neh?
hehehehe
[]'s
Ei André, vai dormir cedo, cara. Não te envolve em cagada. Acaba sobrando pro teu, hahaha
Pow, essas coisas contecem p/ fechar bem a noite...
huahuahuahua
Pooo Parceiro...
Movimentada foi pouco... muita onda nessa noite!!! Foi só filé!!
Vamo fazer isso mais vezes!!
o mais legal é ver que o povo acha isso normal. qd não sobra pro "teu" é bom, né? no entanto, essa parada tá sempre sobrando para gente. cara, uma lição que tive nos últimos 12 dias é que o brasileiro é um povo muito agressivo. se o sergio buarque de holanda já era muito criticado pelo suposto "homem gentil", um conceito que ele criou para o brasileiro, agora, mais do que nunca, essa tese foi por água abaixo.
Enfim, continuo na minha "micropolítica de bar" conversamos mais e trocamos idéias quando voltar para belém.
bjÚ
Era pra chamar logo a Galera da Rotam com o Capitão Neo da PM pra resolver essa onda! auhauhauua
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